Sejam bem vindos ao blog da Lay, da Luuh, do Igor, do Luis e do Emerson. Esperamos que tenham uma boa leitura. Beijo, comenta.
RSS

domingo, 21 de fevereiro de 2010

“Ser ou não ser, eis a questão”

Lendo alguns livros antigos, num fim de semana típico do Rio de Janeiro, calor e sol a vontade, deparei-me com essa peça, que apesar do período em que foi escrita, leva-nos a uma reflexão. Quem sou eu realmente? Será que sou um produto desse mundo globalizado e capitalista ou será que meus valores foram alterados por interesses particulares ou de outrem?

Ser ou não ser...

A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, na qual relata a dor e o sofrimento de Hamlet quando descobre as ações de seu tio para possuir o trono da Dinamarca. O tio matou seu pai e ainda engravidou a mãe. Segue um trecho da peça.




“ Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-heranças do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor.
Dormir... Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:
Pois quando livres do tumulto da existência,
No repouso da morte o sonho que tenhamos
Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita
Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.
Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,
O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,
Toda a lancinação do mal-prezado amor,
A insolência oficial, as dilações da lei,
Os doestos que dos nulos têm de suportar
O mérito paciente, quem o sofreria,
Quando alcançasse a mais perfeita quitação
Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,
Gemendo e suando sob a vida fatigante,
Se o receio de alguma coisa após a morte,
–Essa região desconhecida cujas raias
Jamais viajante algum atravessou de volta –
Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?
O pensamento assim nos acovarda, e assim
É que se cobre a tez normal da decisão
Com o tom pálido e enfermo da melancolia;
E desde que nos prendam tais cogitações,
Empresas de alto escopo e que bem alto planam
Desviam-se de rumo e cessam até mesmo
De se chamar ação.
(...) “



A peça de Shakespeare por si só diz tudo, até a próxima !
Se esse texto mexeu com você, comente, compartilhe seu ponto de vista.

Um comentário:

L.A.Y.L.A disse...

Esse post foi tão culto... *-*

Postar um comentário